Passo hoje aqui para postar um poema que escrevi há alguns anos.
Quando eu o escrevi, estava em uma fase de muitos poemas e poucos livros e histórias. Era uma fase mais gótica, digamos assim.
ESPERAR...
Não há caminhos, não há saídas
Há uma confusão, uma neblina que me
Impede de ver o que realmente acontece
A Roda da Fortuna girou de novo
E lá embaixo estou... não consigo
entender
O motivo de minha angústia...
Um abismo se abriu diante de mim
E estou a um passo de avançar
Quem sabe se o escuro profundo não
Será meu melhor repouso?
Ah, amiga minha, onde estás que
Me abandonaste? Por um momento
Acreditei estar tão perto de ti e agora
Não sei onde estás... muito ocupada,
quem sabe?
A fila de atendimento talvez esteja
muito longa
E
quem sabe a minha ficha é uma das últimas...
Sei que para ser atendida devo ter
paciência...
Ah, a paciência... justamente o que
menos tenho
Mas não há problema, te esperarei com
calma
Quem espera sempre alcança e, talvez
A recompensa por eu saber esperar
Seja então a minha ficha adiantar...
Michele
Irigaray( 20/11/03)
Espero que tenham apreciado o poema.
Até a semana que vem,