Depois de um ano afastada, estou de volta para continuar a publicação do livro.
A todos peço desculpas pela ausência, mas foi necessário.
Seguindo então:
Cap. 1/ pt.3
Na
sexta-feira, após a jornada de trabalho, enquanto se preparavam para
ir embora, Brian falava animado.
—
Então tá! — Disse se despedindo de Martin e Kimberly. — A gente
se fala na segunda. Não esquece dos fotolitos do cara da escola,
hein? — Lembrou falando para Martin.
— Nem
esquenta cara, eu não vou esquecer.
Depois
que ficaram sozinhos, Martin disse para Kimberly:
—
Puxa, que sexta-feira corrida essa, né?
Kimberly
concordou, realmente fora um dia agitado. Quase não tivera tempo
para sentar e descansar, pois os clientes não pararam de entrar e
sair. Era um pouco estressante, mas isto significava que no final do
mês, talvez o salário aumentasse.
—
Fazia tempo que eu não trabalhava assim. Por um momento cheguei a
esquecer que tínhamos marcado o cinema.
— Iria
fazer essa desfeita comigo? — Perguntou em tom divertido.
— Não,
não mesmo. Eu costumo cumprir com minha palavra — disse sorrindo.
No
shopping, eles acabaram assistindo a um filme de terror que, na
opinião de Kimberly, estava mais para comédia, mas de qualquer
forma, serviu para espairecer um pouco.
— Os
caras têm cada ideia... — dizia Martin sorrindo ao lembrar-se de
um atropelamento que dava para perceber nitidamente a artificialidade
da cena.
— É,
mas de qualquer maneira, o filme estava super bom.
Caminhavam
tranquilamente, lado a lado, pelos corredores do shopping. Kimberly
percebia que Martin procurava uma oportunidade para pegar sua mão,
mas sempre que ela podia, fugia. Gostava de Martin, mas não tinha
certeza de que era a pessoa certa para começar um relacionamento
sério. Aliás, ela pensava que jamais iria encontrar a pessoa certa.
Foram
até a praça de alimentação e sentaram-se a uma mesa que estava em
um canto um pouco afastada das demais.
— Bem,
vai querer alguma coisa para comer? — Indagou Martin mostrando as
variadas lojas da praça.
—
Vejamos... — disse olhando em volta — acho que vou querer o de
sempre, um sanduíche com suco de laranja.
Ia abrir
a bolsa para pegar o dinheiro e entregar à Martin, quando ele disse
com semblante zangado:
— Não
mesmo! Deixa que eu pago, que é isso? Não fui eu quem convidou? Já
paguei o cinema, não é? — Terminou sorrindo e se afastando da
mesa.
Kimberly
o observou se afastar e ir em direção à lanchonete escolhida.
Sorriu sozinha, Martin seria um bom namorado, mas ela sentia que
faltava ainda alguma coisa nele para despertar o que ela chamava de
“paixão repentina”.
“Que
será que falta nele?” — Pensou enquanto apoiava o queixo nas
mãos.
Alguns
minutos depois, Martin voltava para a mesa com os lanches. Enquanto
comiam, ele perguntou:
— Vai
visitar o seu tio amanhã?
Ela
terminou de comer uma batata-frita e respondeu:
— Vou
sim. Já era para ter ido à semana passada e eu não fui. Ele deve
estar com saudades de mim.
Martin ajeitou os cabelos e falou um pouco sem jeito:
—
Gostaria que eu fosse junto? Vou estar com o carro do velho nesse
findi, eu poderia levar você...
— Olha
Martin, agradeço muito tudo o que está fazendo por mim, mas ainda
assim prefiro ir sozinha. Sei lá... Douglas ainda está meio perdido
com o acontecimento e não sei se não ia ficar mais perdido com você
junto. Entenda, quando ele melhorar, eu levo você lá. Pode ser?
Ele
sorriu e disse pegando a mão dela sobre a mesa:
— Claro que sim, nem esquenta.
Bem, por hoje é só.
Espero estar aqui na semana que vem com a continuação.
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