Aqui estou eu com mais um pouco do capítulo 1 para vocês.
Espero que gostem.
Capítulo 1/ pt. 7
Quando
acordou, levou algum tempo tentando lembrar onde estava. Constatou que estava
sozinha em seu quarto. Tivera um pesadelo.
A respiração
levou muito tempo para voltar ao normal e Kimberly ficou uns vinte minutos
sentada no escuro tentando entender o sonho louco que tivera. Olhou para o
relógio no criado-mudo e constatou que eram só três horas da manhã. Teria uma
longa noite pela frente.
O domingo
transcorreu lento e monótono como sempre. Kimberly não iria limpar a casa de
novo e, como não tinha nada para fazer, pegou um livro na estante e começou a
ler. O título “O amor dura para sempre”
pareceu sugestivo. Ganhara o livro de sua avó dois anos antes de ela falecer.
Era uma espécie de herança de família, uma vez que sua avó tinha herdado da mãe
dela.
“É a história
de como o amor pode ser eterno se for bem cuidado e cultivado todos os dias” —
sua avó dissera no dia em que lhe deu o livro de presente.
Era uma
história muito bonita de um jovem casal que passara por todas as discórdias,
intrigas, inimizades e desconfianças criadas pelas pessoas que os invejavam.
Eles venceram tudo porque simplesmente respeitavam e confiavam um no outro.
Kimberly
acomodou-se melhor no sofá, parou a leitura por um instante e começou a pensar:
“Como seria bom se houvesse um amor assim, no qual os dois sempre estivessem juntos
e não se abalassem por nada.”
Deitou
a cabeça no encosto do sofá e fechou os olhos. Gostaria de encontrar um amor
assim, alguém com quem pudesse confiar e abrir o seu coração, partilhando tanto
as coisas boas quanto as ruins. A primeira pessoa que lhe veio à mente foi
Martin, mas ela não conseguia sentir esse tipo de amor por ele. Gostava muito
dele, mas era amizade, não amor. Respirou fundo e levantou do sofá deixando o
livro aberto na página que estava lendo. Caminhou até a janela e olhou a paisagem.
Estava anoitecendo. Era a hora do dia que Kimberly mais detestava. O sol
morrendo, a noite chegando e a certeza que mais uma vez tudo ia começar de novo
fazia Kimberly sentir um aperto no coração e uma nostalgia muito grande. Há
meses atrás, ela estava sentada na varanda da casa de sua mãe, tomando
chimarrão e conversando com seus familiares. A lembrança veio com tanta força
que ela não resistiu e deixou as lágrimas caírem livremente pelo rosto.
Desistiu de reprimir o sentimento e chorou durante muito tempo, talvez assim,
ela pudesse pôr para fora a tristeza que sentia.
Até a próxima Queridos Leitores,
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