domingo, 4 de junho de 2017

O Ciclo das Sombras - Cap. 1/ pt. 7

Olá Queridos Leitores,

Aqui estou eu com mais um pouco do capítulo 1 para vocês.
Espero que gostem.

Capítulo 1/ pt. 7

Quando acordou, levou algum tempo tentando lembrar onde estava. Constatou que estava sozinha em seu quarto. Tivera um pesadelo.
A respiração levou muito tempo para voltar ao normal e Kimberly ficou uns vinte minutos sentada no escuro tentando entender o sonho louco que tivera. Olhou para o relógio no criado-mudo e constatou que eram só três horas da manhã. Teria uma longa noite pela frente.


O domingo transcorreu lento e monótono como sempre. Kimberly não iria limpar a casa de novo e, como não tinha nada para fazer, pegou um livro na estante e começou a ler. O título “O amor dura para sempre” pareceu sugestivo. Ganhara o livro de sua avó dois anos antes de ela falecer. Era uma espécie de herança de família, uma vez que sua avó tinha herdado da mãe dela.
“É a história de como o amor pode ser eterno se for bem cuidado e cultivado todos os dias” — sua avó dissera no dia em que lhe deu o livro de presente.
Era uma história muito bonita de um jovem casal que passara por todas as discórdias, intrigas, inimizades e desconfianças criadas pelas pessoas que os invejavam. Eles venceram tudo porque simplesmente respeitavam e confiavam um no outro.
Kimberly acomodou-se melhor no sofá, parou a leitura por um instante e começou a pensar: “Como seria bom se houvesse um amor assim, no qual os dois sempre estivessem juntos e não se abalassem por nada.”

            Deitou a cabeça no encosto do sofá e fechou os olhos. Gostaria de encontrar um amor assim, alguém com quem pudesse confiar e abrir o seu coração, partilhando tanto as coisas boas quanto as ruins. A primeira pessoa que lhe veio à mente foi Martin, mas ela não conseguia sentir esse tipo de amor por ele. Gostava muito dele, mas era amizade, não amor. Respirou fundo e levantou do sofá deixando o livro aberto na página que estava lendo. Caminhou até a janela e olhou a paisagem. Estava anoitecendo. Era a hora do dia que Kimberly mais detestava. O sol morrendo, a noite chegando e a certeza que mais uma vez tudo ia começar de novo fazia Kimberly sentir um aperto no coração e uma nostalgia muito grande. Há meses atrás, ela estava sentada na varanda da casa de sua mãe, tomando chimarrão e conversando com seus familiares. A lembrança veio com tanta força que ela não resistiu e deixou as lágrimas caírem livremente pelo rosto. Desistiu de reprimir o sentimento e chorou durante muito tempo, talvez assim, ela pudesse pôr para fora a tristeza que sentia.

Até a próxima Queridos Leitores,




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