quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Dicas e mais dicas

   Olá Leitores Queridos, como vão vocês?

   Hoje decidi postar sobre um assunto que eu vejo muito na internet: dicas de como ser um escritor de sucesso, como e o que escrever para ser conhecido... essas coisas.
   Na minha simplória opinião, acho que não é preciso nada disso. Não é com técnicas daqui, macetes dali que a pessoa se torna um bom escritor. Qualquer pessoa será um bom escritor se conseguir prender a atenção do leitor e fazer com que ele queira terminar logo a leitura para saber o final da história. Adianta saber mil técnicas e a produção literária sair maçante?
   Talvez isso funcione com Confrarias por aí, que fazem oficinas literárias e formam robôs literários dentro do padrão. É por isso que muitas pessoas fazem essas oficinas, porque nesses cursos a pessoa aprende a escrever de certa forma que ela terá maiores chances de ser escolhida em um concurso cultural, por exemplo. Claro, seguindo a receita de bolo até eu...
    Creio que esse caminho não está de todo errado, até porque a pessoa banca a esperta conhecendo os coordenadores tanto da oficina quanto do concurso. Claro, com uma pitada de conhecimento e "amizade" daqui e um "tu já está dentro" é fácil conseguir alguma coisa. Eu só lamento que a coisa tenha de ser assim.
     Por isso eu afirmo que não precisa fazer oficinas com o intuito de escrever melhor. As oficinas são sim uma boa porta para fazer "amizade" com quem coordena a coisa.
    Podem discordar de mim,  mas eu duvido que se eu conhecesse algum coordenador um de meus contos não teria sido escolhido. Por incrível que pareça, nesse mundo literário o que mais vale são os conhecimentos e não o talento e a qualidade da escrita. As pessoas que estão no meio fecham seus grupos e ninguém mais pode entrar, independente se escreve bem ou não. É assim.
     Agora já passou, mas muito me perguntei por quê motivo eu não havia sido escolhida no concurso do ano passado, porque TODOS OS meu leitores sempre elogiavam minhas histórias, até leitores que não eram chegados ao tema vampiro, gostaram da história. Isso quer dizer o quê? Das duas uma: ou o pessoal dizia que adorava a história para eu ficar feliz e continuar me iludindo que eu escrevo alguma coisa ou realmente a coisa não anda porque não faço parte da panelinha cultural.
   Uma amiga minha conseguiu um exemplar do livro Assombros Juvenis e me deu para eu ler os contos. Não terminei de ler talvez por birra de estar lendo as histórias de outras pessoas, mas achei interessante os contos que eu li, apesar de eu achar o primeiro conto do livro bem parecido com o conto que eu escrevi, da biblioteca. Tentei imaginar o motivo de terem escolhido aquele texto e não o meu... mas talvez seja porque eu não faço oficinas...
     Voltando, as histórias não são de todo ruins, mas se lermos com atenção, vamos observar que todas elas obedecem um estilo de escrita, como se todas seguissem um padrão, o que não responder  a esse padrão, cai fora.
     Tem um conto de zumbis que achei interessante, mas pelo menos em mim causou dúvidas (isso é uma coisa que eu não admito que aconteça com o leitor. A história deve ser tão bem escrita que o leitor tem que acreditar no que está lendo, não podem haver lacunas). Os zumbis tomaram conta da cidade, os pais do guri se trancaram no quarto e ele ficou na sala com outras pessoas que eu não recordo. Certo, a correria dos zumbis versus humanos começa e, em determinado momento, o cara abre a porta do quarto dos pais e só a mãe dele está lá com uma cara de abobada. Resolvem sair de casa e, no meio da turba enlouquecida de zumbis, o guri reconheceu o pai, que agora era um deles. Tá, e como foi que os zumbis entraram no quarto e não invadiram a casa? Por que só o pai virou zumbi? Por que a mãe estava com cara de taipa e não virou zumbi também? O que aconteceu para o pai ter saído do quarto sozinho? Ele abriu a janela e saiu correndo desnorteado, deixando a família pra trás?
     É esse tipo de pergunta que me vem à mente e eu acabou achando a história muito "fantasiosa", não dá para sentir a verdade na situação. Como é que o leitor vai se emocionar com esse monte de situações sem pé nem cabeça?
    E olhem só a maravilha da coisa: esse foi um dos textos escolhidos para fazer parte do livro...
    É por isso que os leitores gostam das minhas histórias, porque no momento em que escrevo, eu sou a escritora e a leitora da minha história. Busco sempre eliminar qualquer dúvida que possa surgir no meio da trama, pois é muito chato ler alguma coisa perguntando sempre o motivo disso, o porquê daquilo, só porque o escritor simplesmente escreveu sem se colocar no lugar de quem vai ler suas histórias... Isso sim é deselegante, porém é  isso que é premiado devido as oficinas e organizações culturais de clubinhos do bolinha, Luluzinha ou do raio que for.
    Pena que tenha que ser assim... tantos talentos esquecidos em detrimento de afinidades...
 
   Fico por aqui, uma ótima semana.