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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ronaldinho Gaúcho e a palavra

      Aos meus queridos Leitores esclareço: não entendo nada de futebol, mas mesmo assim, gostaria de dividir minha singela opinião com vocês.

      Acompanhei muito de longe toda a novela sobre a contratação do jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho. Lembro que no início, ele iria para o Grêmio. Confesso que, como torcedora gremista, fiquei feliz ao saber da notícia e achei que o jogador que foi duas vezes eleito o melhor do mundo fosse ser, novamente, jogador do Grêmio. Acreditei que para o time do meu coração iria ser um evento muito bom, pois traria consequências boas e ainda mais ânimo para o time disputar os próximos campeonatos. Até aí estava tudo bem, mas de repente outros times começaram a surgir na estória e o Assis, irmão do Ronaldinho começou a falar com todos os dirigentes de todos os clubes e não acertava nunca com nenhum deles. O Grêmio, na minha simples opinião de torcedora, era o time que mais tinha chances de contratar o Ronaldinho, mas o final da estória foi bem diferente. Ele acabou indo para o Flamengo, time no qual a presidente (isso sim eu achei elegante, é uma mulher!). Só que eu li no site do POP do dia 13 de janeiro (a foto dos dois abraçados está um amor, que meigo), uma notícia na qual ela dizia ter usado o seu charme para contratar o jogador, o que me deixou contrariada. Afinal, se contrata um jogador usando o profissionalismo, não o charme, pois para isso há outras ocasiões. Na verdade, não foi charme, paixão pelo time, amor pela cidade onde se morou, ou qualquer outra coisa. Não foi nada disso o que causou a ida do Ronaldinho para o Flamengo. O que falou mais alto ali foi o dinheiro, quem paga mais, leva, como em um leilão.

      Acho até que a atitude dele, quer dizer, do Assis, não está errada em colocar o irmão de 30 anos, como se fosse um guri de 5 anos no lugar que melhor convem, mas francamente... Será que ele precisava fazer isso? Por que fazer aquela novela de acertar com todos e não fechar com nenhum? Por que simplesmente não ter caráter e dizer: “Pessoal, neste mundo de meu Deus onde o dinheiro fala mais alto e nada mais importa, eu vou colocar o meu jovem irmão de 30 anos, que não faz nada sem a minha autorização, no clube que pagar o salário mais alto.” Ponto final, por que fazer os dirigentes dos outros clubes ficarem correndo como baratas tontas atrás de patrocínio e sei lá mais o que, se o cara já tinha destino marcado? Por que empregar a palavra às pessoas e depois descumprir, fazendo as pessoas passarem por bobas? Às vezes me pergunto o que foi que se passou na mente “privilegiada” do Assis para fazer tamanha novela que, acredito eu, deu igual ou maior audiência que as novelas da Globo. Ele queria aparecer na mídia? Queria que seu irmão voltasse a ter destaque na imprensa? Que raio foi que ele quis fazer? Bem, imagino que se ele queria fazer alguma coisa com resultado positivo, o objetivo não foi feliz e ele só conseguiu se queimar perante o pessoal do Rio Grande do Sul e o Brasil, embora as pessoas já nem se lembrem mais do ocorrido (o pessoal costuma ter memória curta para certo tipo de assunto, mas vá lá...).

      Bem, a questão toda é: independente se a pessoa tem ou não dinheiro, acredito que a palavra empregada e o caráter de cada um é algo muito importante e fala muito sobre nós. Fazer os outros de bobo, ainda mais nesta situação é algo deselegante e sem fundamento. Espero que os futuros dirigentes do Grêmio lembrem que passaram por esta situação pela segunda vez e não queiram passar pela terceira (um é pouco, dois é bom e três é estupidez). E espero, sinceramente, que o Ronaldinho não se arrependa, um dia, por ter deixado o irmão fazer o que fez e ter sido conivente com ele, pois acredito que ele teria muito mais prestígio e seria mais respeitado (achei o máximo ele ter sido vaiado aqui no Sul), se tivesse deixado de ganhar alguns míseros milhões para vir jogar no Grêmio, de Porto Alegre, “cidade do coração” dele. Afinal, ele não ficaria nem um pouquinho pobre com isso, pois o que ele ganha em um mês de salário, eu não vou ganhar trabalhando o resto da minha vida e, pasmem... o trabalho dele é um dos mais difíceis: correr atrás de uma bola. Pena que os que salvam a vida das pessoas por aí não ganham a mesma coisa que ele, mas é a vida...

      Caros Leitores, encerro meu pequeno desabafo aqui, não sei se vocês vão concordar ou discordar, mas eu precisava escrever sobre isso... e, depois de concluir meu texto, chego a uma triste conclusão:

      NA VERDADE, O DINHEIRO PODE TUDO, MAS NÃO COMPRA NEM A PALAVRA, NEM O CARÁTER DE UMA PESSOA.