sexta-feira, 22 de julho de 2016

O Ciclo das Sombras Cap.1/ pt.4

Olá Queridos Leitores,

Estou passando por aqui para postar mais um pouco do livro.
Espero que gostem.

Cap.1/pt.4


A manhã de sábado estava fria, anunciando um tímido outono. Kimberly acordou antes de o despertador tocar. Sentou-se na cama, se espreguiçou e levantou para abrir a janela. Aspirou o ar fresco e se espreguiçou novamente.
— Bem, vamos lá então ─ disse para si mesma.
Foi para a cozinha preparar o desejum. Enquanto esperava o leite ferver, preparou algumas bolachinhas salgadas com manteiga e patê para levar para comer com Douglas. Aproveitou para pegar um pacote de bolachas recheadas de chocolate que iria levar também. Depois que o leite estava pronto, Kimberly esquentou água para fazer um chá de hortelã. Enquanto esperava a água esquentar, bebia o leite. Já tinha comido quase tudo quando a água começou a ferver. Preparou o chá e o despejou na garrafa térmica.
Deu uma olhada geral na cozinha para ver se não havia deixado nada fora do lugar. Pegou a cesta de piquenique, guardou as bolachas e a garrafa térmica. Em seguida foi para a sala, onde deixou a cesta em cima da cadeira que ficava ao lado da porta.
“Vou tomar um banho rápido e vou sair antes que comece a ficar atrasada” — pensou enquanto pegava a roupa no quarto e a levava para o banheiro.
Depois de pronta, voltou à sala, pegou as chaves do apartamento, a cesta e saiu.
Já no ônibus, Kimberly se lembrava da noite de sexta-feira que passara com Martin. Tinha sido uma noite agradável e divertida e Kimberly chegou a pensar por um momento se não estava sendo cínica consigo e com ele, não admitindo de uma vez por todas que gostava dele como amigo e colega de trabalho e não como namorado.
“Talvez eu esteja sendo dura demais comigo por não estar me dando uma chance de ser feliz. Diabos... eu tenho que voltar a viver normal!” — Pensou se ajeitando melhor no banco.
Mas ela sabia que iria ser difícil, muito difícil, ainda mais tendo que relembrar tudo de novo cada vez que ia visitar o tio na clínica de repouso um sábado sim e outro não.
“Ossos do ofício e obrigações do Destino...” — concluiu com um sorriso triste.

Estava na hora de descer.

Até a próxima,


quarta-feira, 20 de julho de 2016

O ciclo das sombras Cap. 1/ pt.3

Olá Queridos Leitores!

Depois de um ano afastada, estou de volta para continuar a publicação do livro.
A todos peço desculpas pela ausência, mas foi necessário.
Seguindo então:

Cap. 1/ pt.3

Na sexta-feira, após a jornada de trabalho, enquanto se preparavam para ir embora, Brian falava animado.
— Então tá! — Disse se despedindo de Martin e Kimberly. — A gente se fala na segunda. Não esquece dos fotolitos do cara da escola, hein? — Lembrou falando para Martin.
— Nem esquenta cara, eu não vou esquecer.
Depois que ficaram sozinhos, Martin disse para Kimberly:
— Puxa, que sexta-feira corrida essa, né?
Kimberly concordou, realmente fora um dia agitado. Quase não tivera tempo para sentar e descansar, pois os clientes não pararam de entrar e sair. Era um pouco estressante, mas isto significava que no final do mês, talvez o salário aumentasse.
— Fazia tempo que eu não trabalhava assim. Por um momento cheguei a esquecer que tínhamos marcado o cinema.
— Iria fazer essa desfeita comigo? — Perguntou em tom divertido.
— Não, não mesmo. Eu costumo cumprir com minha palavra — disse sorrindo.


No shopping, eles acabaram assistindo a um filme de terror que, na opinião de Kimberly, estava mais para comédia, mas de qualquer forma, serviu para espairecer um pouco.
— Os caras têm cada ideia... — dizia Martin sorrindo ao lembrar-se de um atropelamento que dava para perceber nitidamente a artificialidade da cena.
— É, mas de qualquer maneira, o filme estava super bom.
Caminhavam tranquilamente, lado a lado, pelos corredores do shopping. Kimberly percebia que Martin procurava uma oportunidade para pegar sua mão, mas sempre que ela podia, fugia. Gostava de Martin, mas não tinha certeza de que era a pessoa certa para começar um relacionamento sério. Aliás, ela pensava que jamais iria encontrar a pessoa certa.
Foram até a praça de alimentação e sentaram-se a uma mesa que estava em um canto um pouco afastada das demais.
— Bem, vai querer alguma coisa para comer? — Indagou Martin mostrando as variadas lojas da praça.
— Vejamos... — disse olhando em volta — acho que vou querer o de sempre, um sanduíche com suco de laranja.
Ia abrir a bolsa para pegar o dinheiro e entregar à Martin, quando ele disse com semblante zangado:
— Não mesmo! Deixa que eu pago, que é isso? Não fui eu quem convidou? Já paguei o cinema, não é? — Terminou sorrindo e se afastando da mesa.
Kimberly o observou se afastar e ir em direção à lanchonete escolhida. Sorriu sozinha, Martin seria um bom namorado, mas ela sentia que faltava ainda alguma coisa nele para despertar o que ela chamava de “paixão repentina”.
“Que será que falta nele?” — Pensou enquanto apoiava o queixo nas mãos.
Alguns minutos depois, Martin voltava para a mesa com os lanches. Enquanto comiam, ele perguntou:
— Vai visitar o seu tio amanhã?
Ela terminou de comer uma batata-frita e respondeu:
— Vou sim. Já era para ter ido à semana passada e eu não fui. Ele deve estar com saudades de mim.
Martin ajeitou os cabelos e falou um pouco sem jeito:
— Gostaria que eu fosse junto? Vou estar com o carro do velho nesse findi, eu poderia levar você...
— Olha Martin, agradeço muito tudo o que está fazendo por mim, mas ainda assim prefiro ir sozinha. Sei lá... Douglas ainda está meio perdido com o acontecimento e não sei se não ia ficar mais perdido com você junto. Entenda, quando ele melhorar, eu levo você lá. Pode ser?
Ele sorriu e disse pegando a mão dela sobre a mesa:
— Claro que sim, nem esquenta.

Bem, por hoje é só.
Espero estar aqui na semana que vem com a continuação.